O benchmark contábil é um conjunto de práticas que poderia ser resumido pela célebre frase de Isaac Newton: “se enxerguei longe foi porque me apoiei no ombro de gigantes”.
Assim pode ser entendido o processo de benchmark, uma forma que empresas têm de melhorar processos, corrigir falhas e cumprir diversos objetivos pela experiência de outros.
Benchmark é um termo com origem na topografia, cujo significado pode ser compreendido, em uma tradução livre, como marco territorial.
Vamos entender o que é o benchmark e como ele pode ser aplicado à contabilidade?
Benchmark contábil como processo de comparação
Se há alguns anos a contabilidade de uma empresa era apenas o setor responsável pelo cálculo e pelo pagamento de tributos e encargos trabalhistas, hoje a situação é bem diferente.
As práticas contábeis estão se reinventando em um ritmo intenso, e hoje quem não acompanha as tendências ditadas pelo mercado internacional de capitais está se arriscando a ficar defasado.
Portanto, uma forma de aplicar o benchmark contábil é compreender o que está sendo feito de relevante por empresas internacionais, adaptando essas novas práticas de acordo com o que a realidade permite.
Como aplicar um benchmark de forma efetiva
Entre as diversas oportunidades de melhoria que o benchmark oferece, temos:
- a obtenção de vantagem competitiva por definição clara de metas;
- a renovação da cultura de uma empresa, focando no cliente;
- o aumento da lucratividade, a diminuição dos custos de produção e o incremento na produtividade.
Evidentemente existem outros pontos que o benchmark aplicado pode render frutos, mas no geral ele é usado como referencial para que empresas melhorem pontos críticos que, sozinhas, não teriam subsídios para fazer.
O aprimoramento da gestão contábil, por exemplo, pode ser feito por meio da comparação com o que outras empresas ou instituições do mesmo nicho de mercado estão fazendo.
[cta id=’786′]Estratégias podem ser mais bem avaliadas
É preciso ter muito cuidado, pois um benchmark deve ser feito com bastante critério. Antes mesmo de olhar para fora com o objetivo de implementar melhorias, há de se ter claros os objetivos propostos.
Conhecer bem como a empresa está posicionada no mercado e as melhores práticas contábeis do momento são alguns dos pontos que o benchmark contábil pode ajudar a esclarecer.
Sendo assim, sua função é ser uma poderosa ferramenta para realinhar estratégias antes de ser um meio para obter resultados.
O planejamento tributário, por exemplo, é hoje parte importante da composição estratégica das empresas e pode ser elaborado tendo como referência as informações extraídas do mercado.
Benefícios que podem se estender por muito tempo
Também é importante se atentar para a forma de aplicar os dados fornecidos pelo benchmark. Como se trata, na maior parte das vezes, de buscar em outras empresas práticas que podem contribuir internamente, o levantamento dos dados deve seguir fontes confiáveis, o que nem sempre está disponível.
Não se deve confundir, ainda, o benchmark com uma simples cópia de práticas que deram certo. O que funciona para uma empresa nem sempre dá bons resultados em outras, por isso é necessário ter um planejamento que estabeleça critérios sólidos de avaliação.
Um caso clássico é o da Xerox, que na década de 90 precisou se reinventar, já que seus lucros vinham diminuindo ano após ano. Depois de uma criteriosa comparação com o mercado, os líderes da empresa descobriram uma série de falhas, que, depois de corrigidas, fizeram a empresa voltar a trilhar o caminho do sucesso.
Sendo assim, o benchmark contábil pode ser um meio eficaz de aumentar os lucros. O importante é que seja feito respeitando os limites da empresa e com foco em compreender o que fazer para alcançar os resultados desejados por meio da readaptação.
Gostou de saber um pouco mais sobre o benchmark contábil? Então confira este artigo e entenda como fazer um planejamento estratégico para a sua empresa!
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